Destaquei na Parte 1 do post, sobre o assunto em pauta, que quando acompanhamos os políticos nas Redes Sociais vemos a confusão e erros que eles cometem ao tratar espaços, como o Twitter e o Facebook, como via de mão única. Não se relacionam, informam; não entra no mundo dos seguidores, aguardam-nos em seus mundos; não escutam, apenas falam; questionam, mas não respondem perguntas.
Em entrevista concedida ao G1, em 2010, Scott Goodstein, coordenador da campanha de Barack Obama nas redes sociais nos Estados Unidos, afirmou que “é um erro entrar nessas redes sociais e trabalhar apenas com uma via de comunicação. Na campanha de Obama, respondemos toda pergunta séria enviada por e-mail porque sabíamos que era um voto. Este eleitor tinha uma preocupação, e ele também tinha 70 ou 80 amigos na rede social que também eram eleitores. Então, quando eles recebiam uma resposta sobre a importância de se investir na saúde, por exemplo, eles avisavam seus amigos, porque é assim que uma rede social funciona”.
O político que deseja fazer uso das Redes sociais precisa saber, de antemão, que quem está ali, quer falar, quer ter as suas dúvidas dirimidas, quer dar a sua opinião, quer questionar e ver sua pergunta respondida. Ao entrar para o mundo das Redes Sociais, o político precisa ter a perspectiva de que é necessário envolver os participantes no processo relacional. O eleitor nas redes precisa sentir-se parte do corpo e não um apêndice do processo.
Para ilustrar o que estamos dizendo, quero apresentar uma mostra feita pelo Mapa Digital, sobre como, o então candidato, hoje Presidente dos EUA, Barack Obama, fez uso das Redes Sociais em sua campanha eleitoral, em 2008. Estratégia exitosa que certamente, deixa princípios a serem seguidos por quem deseja entrar pelos caminhos das Mídias Sociais em suas campanhas políticas.
1. Obama começou cedo a atuar em redes sociais. Cerca de 1 ano e meio antes das eleições, ele estava presentes nas principais redes.
2. Obama montou uma equipe de planejamento digital altamente capacitada e conhecedora do meio.
3. Obama soube em quais redes atuar. Mais importante do que estar presente em todas elas é saber escolher em quais são as mais relevantes.
4. Obama incentivou a participação e a geração de conteúdo por usuários relacionados a campanha.
5. Obama criou ferramentas que permitiam o envolvimento e participação direta do eleitor na sua campanha.
Observe também, que Obama usou as Redes Sociais para angariar recursos financeiros para a sua campanha. Veja, em breve resumo, por onde ele (sua equipe) navegou para conseguir doações e que resultados obteve:
Redes Sociais mais populares:
Facebook
MySpace
Públicos segmentados:
Migente (hispânicos)
BlackPlanet (afroamericanos)
AsiaAve (asiáticos)
Resultados
5 milhões de contatos
3 milhões apenas no Facebook (5x mais do que seu concorrente)
Com o convite ao engajamento online, a internet foi responsável por 87% das doações feitas (R$ 900 milhões).
Continuarei a mostrar a importância das Redes Sociais como estratégia nas campanhas políticas, conjuntamente ao fato de se ter uma equipe preparada para dar ao Político, o suporte necessário nessa área. – Siga-me!