Fazer refletir no texto o contexto sem, entretanto, usar o pretexto de textualizar sem contextualizar - Laércio Castro

sábado, 16 de outubro de 2010

Senador Sarney, lamento o seu lamento!

“Lamento que o problema da religião tenha aflorado nesta campanha. Onde nós temos religião participando da política, nós temos inevitavelmente um caminho que vai terminar no fanatismo” –  foi o que disse o Senador José Sarney, quando saia do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, após uma semana internado para tratamento de uma arritmia e uma esofagite, conforme publicado no site de O Globo, neste sábado(16), fazendo alusão  ao segundo turno para Presidente.

Calma lá, Senador! É bom que se diga que quando tratamos com o ser o humano e este vivendo na Polis, portanto, em contexto polí-tico, não podemos “esquartejar” a sua estrutura que, como diz Silas Malafaia,   é um ser, “psico-bio-socio-espiritual”, ou seja, precisa ser visto e tratado em sua inteireza – psicológica, biológica – sociológica e espiritual. Isole uma ou mais dessas dimensões e você não estará tratando mais do ser em seu ser.

O que vem ocorrendo em nosso país é algo fenomenal, que muitos políticos, até então, desconsideravam, as pessoas (eleitores) não estão apenas, vislumbrando um candidato ou um grupo. Mas sim, os valores e os princípios que ele e o seus agregados têm e defendem.

Sei Senador, e respeito o seu conhecimento e experiências e até admiro sua competência, apesar de não concordar com muitas das coisas que o senhor fez e outras que deixou de fazer, em sua longevidade pública. Pois, um homem que conseguiu dividir o Maranhão e significativa parcela da população brasileira em “dois partidos” – Os sarneystas e os anti-sarneystas, merece, no mínimo, respeito e no máximo, estudo. Entretanto, ouvi-lo dizer que lamenta “que o problema da religião tenha aflorado nesta campanha”, é ver que apesar dos cabelos brancos e da larga visão pública, o senhor ainda tem muito o que aprender.

O nobre Senador, não pode ignorar, e o PT o fez, que 90% dos brasileiros e brasileiras, são de Cristãos. E mesmo tendo muitos conselheiros, inclusive o senhor, o grupo todo está pagando caro por achar isso politicamente irrelevante ou, no mínimo, discutível noutros fórum e instância e não na política. Tudo é relevante quando diz respeito às crenças, princípios e valores do ser humano. E política, a meu ver, trata essencialmente, dessas coisas. Ou não é o caso da Ficha Limpa? Isso é religioso? Essencialmente! É político? Intrinsicamente! Saúde, educação, emprego, divórcio, aborto, meio ambiente e casamento, por exemplos, são temas cristãos? Ou seja, Cristo, os profetas e os apóstolos abordaram e ensinaram algo sobre isso? Eu sei que o estudioso Senador tem conhecimento do conteúdo bíblico e assim sendo, sabe que tudo que diz respeito e afeta as criaturas é tema relevante para o Criador. E a política não é outra coisa, senão um meio para suprir todas as necessidades do homem, inclusive, dar equilíbrio para que o psico-bio-socio-espiritual seja o alvo das políticas públicas.

Quando o senhor diz, “lamento que o problema da religião tenha aflorado nesta campanha”, eu lamento o seu lamento, Senador. Pois, não vejo um lugar e um tempo mais apropriados do que num processo tão importante e decisivo para a escolha do nosso Presidente e, por conseguinte, de todo um grande grupo que terá nas mãos o poder de decisão dos nossos destinos, questionarmos e exigirmos que nos revelem por quais princípios e valores os candidatos tomarão as decisões que afetarão a nossa vida e a de nossas famílias na polis. Aborto, união homo afetiva, liberdade religiosa e de imprensa, entre outros temas, nos dizem respeito sim, senhor, independente ou mesmo dependente da sua ou da minha religião. Afinal, Senador, muitas das mazelas do nosso país e, especificamente do nosso Maranhão, não implodiram o Estado, por conta do tratamento que as religiões cristãs e outras, dão às famílias tão afetadas por falta de políticas públicas e excesso de políticos com zelo privado.

Outro lamento meu é ouvir o senhor dizer que “onde nós temos religião participando da política, nós temos inevitavelmente, um caminho que vai terminar no fanatismo”. Estranho, pois, independente da religião, vejo pessoas fanáticas pelo senhor e sua família. Vejo pessoas fanáticas pelo PMDB. Já ouviu dizer do fanatismo petista? Lula, por exemplo, tenta transferir o fanatismo que muitos têm por ele, para a sua candidata. Vemos pessoas ladeadas do senhor, fanáticas por dinheiro, cargos e poder. O senhor sabe disso. E poderia aqui, discorrer exaustivamente, o fanatismo na política, sem sequer precisar do empurrãozinho religioso que, aliás, não está isento de seus fanáticos. Alguns, tão fanáticos, que não querem nem ouvir falar de política sem, entretanto, deixar de fazê-lo no seio eclesiástico.

Senador Sarney, é bom lembrar que no estado democrático de direito, vivemos em um país laico, onde o estado precisa ser neutro, do ponto de vista religioso, mas, não pode ser laicista, ou seja, anti-religião. Assim sendo, em nosso Brasil, o que mais defenderemos é a liberdade de consciência e expressão e a igualdade entre cidadãos em matéria religiosa e, tudo isso democraticamente, estabelecidas nas leis do Estado. Por isso, ao contrário do que é corrente quando se afirma que política e religião não se discutem, pronto, está posto na mesa de discussão duas vertentes que foram instituídas para o benefício de nosso povo. Senhor presidente, podemos discutir sim. Pois, o que alguns, como o senhor, ao ver defesas inflamadas, chama de “fanatismo religioso”, nós chamamos de “zelo pela família e pelos valores éticos e morais”.

Portanto, o envolvimento dos evangélicos nessa eleição, foi e está sendo decisivo. E não pode ser tratado como posicionamento de “fanáticos”. Pois, se postaram como cidadãos que têm o direito e precisam saber dos posicionamentos daqueles que governarão a nossa nação e influenciarão o nosso dia-a-dia. Se tal posicionamento causou espanto ao experiente Sarney, que dirá dos menos vividos políticos vivos. Lembrando mais uma vez Malafaia, depois dessas eleições, “nunca mais vão tratar a comunidade evangélica como cidadãos de segunda classe. Nós somos quase 25% da população e podemos, sim, senhor, como cidadãos, e não vem com essa conversa, de pecha de "religioso", não. Eu sou cidadão, pago imposto também, como qualquer outro. Nós evangélicos somos cidadãos como os católicos e como qualquer outro grupo e temos o direito de opinar e o direito de interferir, sim, senhor. Agora, bota a cara pra fora. O que vocês defendem? O que os partidos defendem? Não vai ter colher de chá. Tem que se posicionar”.

É isso, Senador. Muita saúde para o senhor e breve recuperação .

TERRA COMUNIDADE ENTREVISTA: LUIS GONÇALVES, ADHEMAR FREITAS E MARCO AURÉLIO

Neste Sábado(16), estarei entrevistando em meu Programa Terra Comunidade, os seguintes convidados:
Adhemar Freitas - Secretário de Desenvolvimento do Sul do Maranhão: Vamos saber dele como ficam Imperatriz e o Sul do Maranhão com a reeleição de Roseana.

Professor Marco Aurélio: Candidato a Deputado Estadual, pelo PCdoB vem falar sobre a sua votação (12.578 votos)- Os elogios e as críticas a ele nos blogs.

Verador Luis Gonsçalves (PSB) - Como ele vê o futuro da câmara, pós episódio da debandada dos vereadores pro lado de Roseana Sarney, que ganhou as eleições no Estado.

Terra Comunidade - das 7:30h às 9:00h - na FM Terra, 100,3 MHz - www.fmterra.com.br

Contatos: (99) 3321 3046 jornalismo@fmterra.com.br

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pastor Silas Malafaia: A Verdade Sobre o 2º Turno das Eleições 2010

Pastor Silas Malafaia faz uma análise e um alerta quanto  ao posicionamento dos Presidenciáveis no que diz respeito aos valores e aos princípios que cerceiam a nossa liberdade e atingem  frontalmente os princípios estabelecidos na Palavra de Deus. Essa é uma poderação que todo cidadão brasileiro deve fazer, quando  vê a Democracia sendo ameaçada por mordanças e criminalizações que afetam diretamente, a nossa liberdade e os valores da família brasileira.



 

A DECISÃO EM NOSSAS MÃOS!



Arnaldo Jabor entrevista Marcola - Estamos todos no inferno!

Rebuscando meus arquivos neste feriado (12/10), encontrei um texto que gerou muita polêmica, principalmente nos anos 2006-2007 e esteve presente em muitas páginas e comentários da Internet naquela ocasião. Resolvi trazê-lo de volta aqui para o meu blog, apesar de muitos duvidarem e realmente, nunca explicarem, se de fato, os personagens (Arnaldo Jabor e Marcola) foram os interlocutores reais dessa entrevista, supostamente publicada em O Globo, em 23/05/2006. Mas, vou postar apenas, para a nossa re-reflexão, pois, as idéias contidas e as verdades inseridas estão mais vivas do que nunca, em nossos dias. Quem já viu, vale a pena ver de novo e quem não conheceu, vai poder refletir sobre o texto e tirar suas conclusões:


(FOTO)Marcola


Estamos todos no inferno. Não há solução, pois não conhecemos nem o problema

O GLOBO: Você é do PCC?

- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível… vocês nunca me olharam durante décadas… E antigamente era mole resolver o problema da miséria… O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias… A solução é que nunca vinha… Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a “beleza dos morros ao amanhecer”, essas coisas… Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo… Nós somos o início tardio de vossa consciência social… Viu? Sou culto… Leio Dante na prisão…

O GLOBO: – Mas… a solução seria…

- Solução? Não há mais solução, cara… A própria idéia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC…) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios…). E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução.

O GLOBO: – Você não têm medo de morrer?

- Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar… mas eu posso mandar matar vocês lá fora…. Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba… Estamos no centro do Insolúvel, mesmo… Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração… A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala… Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em “seja marginal, seja herói”? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha… Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante… mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem.Vocês não ouvem as gravações feitas “com autorização da Justiça”? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo.

O GLOBO: – O que mudou nas periferias?


- Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório… Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no “microondas”… ha, ha… Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados. Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.

O GLOBO: – Mas o que devemos fazer?

- Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas… O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, “Sobre a guerra”. Não há perspectiva de êxito… Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas… A gente já tem até foguete anti-tanques… Se bobear, vão rolar uns Stingers aí… Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas… Aliás, a gente acaba arranjando também “umazinha”, daquelas bombas sujas mesmo. Já pensou? Ipanema radioativa?

O GLOBO: – Mas… não haveria solução?


- Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “normalidade”. Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco…na boa… na moral… Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e vocês… não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: “Lasciate ogna speranza voi cheentrate!” Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

PRA NÃO DIZER QUE NUNCA FALARAM NADA!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

FALA SÉRIO! - Peteleco da Viola no Programa Zapeando - FALA SÉRIO!

Governo brasileiro ameaça Igreja Católica por causa de oposição à candidata presidencial pró-aborto

Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina
BRASIL, 8 de outubro de 2010 (Notícias Pró-Família) — O secretário pessoal do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, avisou ontem a liderança da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que se os ataques contra a candidata presidencial Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores continuarem, o acordo da Igreja Católica com o governo poderá ser revisto, de acordo com uma reportagem originária do jornal Valor Econômico, e foi repetida pela agência noticiosa italiana ANSA.
O acordo, conhecido como “concordata”, é um tipo de tratado assinado pelo governo da Cidade do Vaticano e vários governos mundiais. A concordata brasileira inclui apoio do governo às escolas católicas e outros benefícios, que foram concedidos à Igreja Católica no Brasil em 2009.
A candidatura de Rousseff tem recebido oposição de muitos bispos e padres católicos por causa da clara posição dela a favor da eliminação de penalidades criminais para o aborto propositado, o qual é condenado pelo ensino católico como “crime inexprimível”.