Fazer refletir no texto o contexto sem, entretanto, usar o pretexto de textualizar sem contextualizar - Laércio Castro

sexta-feira, 18 de março de 2011

Preso mais um envolvido em assassinato de lavradores


Em uma ação conjunta da Superintendência de Polícia Civil do Interior, (SPCI), juntamente com investigadores da Delegacia do município de Governador Nunes Freire, coordenada pelo Delegado Ricardo Pinto, localizado um dos homens envolvidos no assassinato de dois lavradores, ocorrido em Açailândia, há 70 quilômetros de Imperatriz, MA. O comerciante João Cardoso da Silva, de 54 anos, foi preso na tarde desta sexta-feira, (18), em sua residência localizada no Centro da cidade de Tucumã, no estado do Pará. 

Ele é um dos suspeitos de queimar e ocultar os corpos de Gilberto Ribeiro Lima, 22, e Vanderlei Ferreira de Meireles, 24. As vítimas eram moradoras do assentamento Guarantã do Norte, próximo a Açailândia.

Após vários levantamentos, a equipe de investigação da Polícia Civil identificou a localização do suspeito no estado do Pará.  De acordo com o Delegado Ricardo, o suspeito não resistiu à prisão e confessou sua participação no assassinato. 

O suspeito segue neste sábado, (19), para a capital maranhense, onde será apresentado na SPCI, e em seguida encaminhado ao Centro de Triagem de Pedrinhas.  

O Crime

Segundo informações, Gilberto Ribeiro Lima, prestava serviços de roçado na fazenda de Adelson Araújo, acusado de ter mandado executar a vítima e seu amigo Vanderlei para não pagar uma dívida referente a um serviço contratado no valor de aproximadamente 700 reais.

Gilberto foi morto com um tiro na cabeça enquanto que Vanderlei com sete tiros e um pancada de enxada, também na região superior da cabeça. A arma utilizada no crime teria sido uma espingarda calibre 20. 

A Polícia Civil já havia prendido, em fevereiro, o mandante do crime, o fazendeiro Adelson Araújo, e seus dois filhos, Marciel Silva Araújo, 29 anos, e Marceone Silva Araújo, 30, suspeitos de queimar e ocultar os corpos das vítimas, além de Raimundo do Nascimento Santos, de 34 anos, um dos autores do duplo homicídio. 

Fonte: SSP-MA 
Para auxiliar a Polícia do Maranhão, use o Disque Denúncia.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Água: reaproveitar e usar bem é bom para todos


Quando se aproxima o Dia Mundial da Água, 22 de março, repensar as enchentes, o desperdício e o uso racional do líquido precioso é prioridade, em meio às demais urgências. As populações vêm sofrendo com problemas causados pelas águas e pelo mau uso delas e isso nos obriga a pensar em soluções que possam amenizar ou extinguir tais problemas, por meio de políticas públicas e por mudança de hábitos de todos nós. Pensando sobre o tema, posto aqui, uma análise da situação feita por   Paulo Costa, especialista em programas de uso racional da água,  que já implementou mais de 400 projetos nessa área por meio de sua consultoria H2C – Planejamento, Consultoria e Implementação de Programas de Uso Racional da Água e membro do Green Building Council Brasil.


A sociedade brasileira possui, como forte traço cultural, a dificuldade de planejar e poupar recursos, econômicos e naturais, traço esse que costuma trazer dificuldades ao país, no futuro. Isto também ocorre quando está em questão um bem natural cada vez mais escasso, a água: utilizá-la de forma racional e implementar medidas legais visando a estimular a captação das águas das chuvas são ações que trazem forte impacto positivo, econômico, ambiental e até de auxílio à prevenção de enchentes.

As grandes cidades brasileiras, nas quais as fortes chuvas são a causa de constantes enchentes e alagamentos, são justamente os locais onde o problema da falta de água potável poderá se agravar nos próximos anos. Justamente devido a esses problemas, que não exclusivos do Brasil, a ONU definiu como tema de seu World Water Day 2011 “Água e Urbanização”. A intenção é chamar a atenção para a importância dos recursos hídricos em um contexto de rápida urbanização – segundo dados do organismo, a cada segundo duas pessoas são incorporadas à população urbana. Na América Latina, 77% dos seus habitantes vivem nas cidades e as taxas de urbanização continuam crescendo.

“A relação entre a água e as cidades é crucial. Cidades requerem grandes quantidades de água fresca/potável e, por outro lado, geram grandes impactos nos sistemas de água limpa”, alerta a ONU, lembrando que enchentes, secas e outros eventos extremos, derivados das mudanças climáticas, também podem afetar a qualidade da água nos próximos anos. As grandes oportunidades nesse contexto estão relacionadas ao aumento da reciclagem e do reuso da água e do esgoto, por meio de tecnologias mais eficientes. A captação da água na própria cidade, por meio de sistemas de reaproveitamento das águas das chuvas, também são vistas como solução para o problema do abastecimento futuro.

Apesar da grande incidência de chuvas em boa parte no Brasil, são poucas ou quase inexistentes as iniciativas para a captação das águas das chuvas nas cidades. E, para piorar, por aqui a água potável é utilizada para fins menos nobres, como em descargas sanitárias, lavatórios, para lavar pátios, regar jardins etc. Essa realidade precisará ser repensada.
A captação das águas pluviais nas edificações, especialmente em prédios, funciona como “piscinhas”, reservatórios que ajudam a diminuir bastante a quantidade de água que corre para córregos e rios em prazos muito curtos e em grande volume, causando as enchentes. Há diversos sistemas possíveis de implantação que, ao mesmo tempo em que solucionam a questão do uso da água potável para fins menos nobres, podem ser um aliado na mitigação de problemas causados por fortes chuvas, como alagamentos e enchentes.

No Brasil, há muito o que melhorar na relação entre cidades-abastecimento de água. Faltam conscientização, medidas para evitar poluição e incentivos para o uso racional da água, como a substituição de equipamentos hidrossanitários por produtos economizadores de água, que permitem economizar quase 70% comparado ao consumo dos produtos obsoletos e gastadores. Cidades dos Estados Unidos, como Nova York e Houston, por exemplo, já implantaram com sucesso programas de incentivo à adoção de equipamentos racionalizadores do consumo de água. E, claro, estamos ainda longe da desejada universalização do saneamento.  O uso racional da água, além de permitir economia nas contas mensais de saneamento, com a diminuição das contas também é peça importante ambientalmente, uma vez que menos consumo é igual a menos poluição e traz o benefício adicional de evitar a construção de novos reservatórios e adutoras, que provocam desmatamento e, assim, destruição de parte da flora e da fauna.

O país já dispõe de tecnologias e equipamentos de ponta para a implementação de programas de uso racional da água. Precisa haver estímulo legal à sua adoção, com benefícios fiscais, por exemplo, aos que trocarem equipamentos hidrossanitários gastadores por outros, economizadores. E é essencial que os responsáveis pela aprovação de leis em âmbito municipal, estadual e federal, vereadores, deputados estaduais e federais e senadores, comecem a pensar com maior seriedade nessa questão e proponham textos legais que estimulem o uso racional da água e a captação de águas pluviais. A sociedade só tem a ganhar com essas medidas. E o meio ambiente certamente ficará muito grato.

Denúncias de garimpeiros de Serra Pelada na Alepa


Plenário da Alepa
Deu no Amazonia Jornal - Conflitos que envolvem o garimpo de Serra Pelada, no sul do Pará, foram discutidos ontem à tarde em audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado (Alepa). A sessão foi requerida pelo deputado João Salame (PPS) com o objetivo de abordar a situação dos garimpeiros na área. Segundo o autor do requerimento, em Serra Pelada - onde já aconteceram seis assassinatos de lideranças sindicais que não foram esclarecidos até hoje – existe uma acirrada disputa pelo controle do garimpo; e a situação de vida da comunidade é péssima. 

O mais recente conflito envolve o contrato assinado pela Cooperativa dos Garimpeiros (Coomigasp), que tem o direito de lavra, com a empresa canadense Colossus para fazer a exploração mecanizada da mina. "O contrato inicial prevê 51% para Colossus e 49% para os garimpeiros do produto da exploração. Ele foi alterado para 25% para os garimpeiros 75% para Colossus. 

Desde o início do projeto, há cerca de quatro anos, diversas denúncias foram apresentadas contra o contrato. O objetivo da reunião foi ouvir todas as partes envolvidas no conflito para que possamos esclarecer se realmente os garimpeiros foram lesados dos seus direitos ou não", explica João Salame. A Justiça Federal de Marabá rejeitou a tese do Ministério Público do Estado, que alega que o contrato é ilegal. 

Durante a audiência de ontem, denúncias foram recolhidas por escrito. O presidente da Alepa, Manoel Pioneiro (PSDB), disse que até a próxima terça vai formar uma comissão composta de cinco deputados para analisar os documentos. "Com base nisso, vamos nos posicionar e tentar encontrar um denominador comum, fazendo com que o garimpo produza, mas garantindo com que os direitos dos garimpeiros sejam preservados", disse Salame. 

A comissão deverá visitar Serra Pelada no dia 27 de março, quando está prevista uma visita técnica do ministro Edson Lobão (Minas e Energia), do governador do Estado, Simão Jatene, nas obras da mina subterrânea. No mesmo dia haverá uma assembléia geral da Coomigasp.

Fonte: Amazonia Jornal
 

Consumidor X Marcas - nas Mídias Sociais


Deu no mmoline- O atendimento via mídias sociais tem recebido mais atenção de compradores e empresas, mas a qualidade não pode ficar restrita a esse canal. Manifestações do público têm orientado melhorias, como mostra o Procon-SP, que divulgou lista das companhias mais reclamadas neste Dia Mundial do Consumidor

 
Direito de escolha. Direito de ser informado. Direito de ser ouvido. Direito de ser ressarcido. Esses são alguns dos pilares dos Direitos do Consumidor, que tem o seu dia comemorado globalmente nesta terça-feira, 15.

Nessa data, em 1962, John Kennedy, então presidente dos Estados Unidos, discursava no congresso norte-americano sobre o assunto. “Todos nós somos consumidores por definição. Nós somos o grupo econômico mais significante, que afeta e é afetado por praticamente toda decisão econômica, pública ou privada. Mesmo assim, os consumidores são o único grupo importante que não é ouvido.”

Dois anos antes de Kennedy defender os direitos de quem compra foi criada a Consumers International (CI), entidade independente que reúne vários grupos de consumidores e luta por “um futuro mais justo, seguro e sustentável de um mercado global que está cada vez mais dominado por grandes corporações”.

Esses dois passos foram fundamentais para a criação dos direitos do consumidor, que teve um dia dedicado a ele pela primeira vez em 1983. A partir de então, grupos ligados à defesa da causa usaram o 15 de março para discutir o tema e aproximar os consumidores das grandes empresas. De lá para cá, assuntos como energia e junk food entraram em pauta. Neste ano, o tema do encontro será “consumidores unidos por mais justiça em serviços financeiros”.

Confiança
Um dos momentos mais críticos na relação dos consumidores com as empresas é na hora da comunicação. A ideia que se tem é que o contato com as companhias é muito limitado. Seja por carta, e-mail ou telefone, o consumidor tem pouco poder de diálogo, e muitas vezes não tem suas solicitações plenamente atendidas.

Mas isso está mudando. Enxergando nas redes sociais uma nova oportunidade de conversar com os clientes, as empresas passaram a investir tempo e dinheiro em equipes voltadas para a comunicação nas novas mídias. “As redes sociais abrem um canal para o consumidor falar diretamente com a empresa. Os diretores estão lendo o que está sendo falado. Cria-se uma relação mais próxima, de confiança, com o cliente”, disse Gabriela Onofre, diretora de assuntos corporativos da Procter & Gamble.

Nessa tentativa de aproximar o comprador da empresa, a P&G criou canais de comunicação para a marca de fraldas Pampers através de um fórum e do Facebook e Twitter. A ideia é que mães possam interagir com a marca de forma mais eficiente. “As mães são ávidas por informação. Nesses canais nós tiramos dúvidas, prestamos serviços. Tudo feito por uma gerente de comunidade, que também é mãe. Queremos ser vistos como uma marca que ajuda o consumidor”, completa Gabriela.

Também nessa linha de estender a comunicação a outros patamares, criando um vínculo de confiança com quem compra, a GM coloca as redes sociais na rotina de seus executivos e diretores, de forma a mostrar para os clientes que o que ele diz está sendo ouvido. “Eles também estão nas redes sociais. Na GM, os executivos são os primeiros vendedores”, afirma Pedro Luiz Dias, diretor de comunicação da montadora no Brasil.

Dor de cabeça
As redes sociais começaram um processo de evolução na maneira como as empresas tratam seus clientes. Mas, além de abrir um canal de comunicação que tem se mostrado eficiente, elas dão às pessoas acesso a um meio de tornar público seus problemas relativos a atendimento, serviços e produtos. Por isso, há um cuidado maior por parte de algumas empresas para que o atendimento não gere transtornos como os famosos vídeos de consumidores aborrecidos com alguma marca.

Romeo Busarello, diretor de relacionamento com o cliente e ambientes digitais da Tecnisa, afirma que o ideal é resolver os problemas do cliente no primeiro contato. “Seja ele feito através do SAC ou das redes sociais. Esses vídeos podem se tornar enormes dores de cabeça”.

Em episódios recentes, Brastemp e Renault foram expostas na web como marcas que deixam o consumidor na mão. Isso porque clientes revoltados postaram vídeos contando que não tiveram suas solicitações atendidas, além de sofrerem prejuízos financeiros com o ocorrido. No caso da Renault, a mulher que criou site, mensagens no Facebook e Twitter e que postou dois vídeos no YouTube sobre o problema, está sendo processada e foi obrigada a tirar tudo do ar.

Renault

Procurada pela reportagem, a montadora francesa limitou-se a dizer, por nota da assessoria, que "em relação ao caso da cliente em questão, a Renault do Brasil informa que fez um contato com a mesma visando uma conciliação e, conforme disponibilidade dela, está agendado para hoje, 15 de março, um encontro para debatermos este tema. Informamos, ainda, que o assunto está sendo discutido na justiça devido a um processo movido pela cliente contra a marca." 

Pesquisa

A presença crescente de consumidores nas mídias sociais está fazendo com que haja investimentos cada vez maiores em pesquisa e pessoal nessa área. Segundo Marco Dyodi Takahashi, diretor de estratégia e gestão de atendimento da Net, a empresa acredita no potencial desse meio de relacionamento. “Investimos cada vez mais na qualidade e eficiência do canal. Realizamos pesquisa de mercado para definir melhorias operacionais e posicionamento dos canais de atendimento”.

Mesmo assim, o SAC está longe de acabar, como ressalta Fernando Edydio Martins, vice -presidente executivo de marca, marketing e interatividade do Santander. “Investimos em todos os campos da comunicação. Todos os nossos canais estão abertos ao consumidor e eles devem se complementar. O SAC está sendo aperfeiçoado, pois muitos clientes ainda o usam para falar com a gente”. Para efeito de comparação, o Santander possui 860 pessoas trabalhando no SAC, enquanto dez atuam nas mídias sociais.

Postura

Para Fernando Taralli, presidente da Energy, do Grupo Newcomm, a revolução do negócio digital para o consumidor diz respeito a serviços e comodidade. Ele sustenta que usar softwares de monitoramento de redes sociais é fundamental para qualquer empresa de comunicação, mas eles só valem se houver um trabalho de se debruçar sobre os dados para fazer análises inteligentes a respeito.

Quando há críticas dos consumidores nas redes sociais em relação a algum produto ou serviço, Taralli defende que a melhor postura para o anunciante é a transparência. “Erro existe em qualquer negócio, mas a empresa pode dialogar e buscar a solução. O pior é negar, fingir que não existe o problema, achar que vai passar ou, pior ainda, tirar o post”, diz.

Ranking de reclamações

E já que é Dia Mundial do Consumidor, o Procon-SP divulgou as empresas que mais tiveram reclamações em 2010. Como havia adiantado ao Meio & Mensagem (na edição 1450, desta semana) o diretor executivo do Procon, Paulo Arthur Góes, o topo do ranking não teve muitas alterações. A Telefônica continuou no auge, com 3.137 queixas fundamentadas, ou seja, aquelas em que é comprovado que a empresa não solucionou o problema do cliente e há abertura de processo administrativo. Em segundo lugar, permaneceu o Itaú Unibanco, com 1.708 queixas.

Outros dois bancos figuram na lista negra do Procon: o Bradesco, em 3º lugar, e o Santander em 9º (há que se ressaltar que, neste caso, houve problemas enfrentados pela unificação do sistema do banco espanhol com o Real).

A maior parte das reclamações dos consumidores se deu por cobranças indevidas (28% das queixas fundamentadas). Produtos entregues ao consumidor com problemas estão em segundo lugar e problemas na entrega em si, em terceiro.

A Telefônica reagiu

Além de simplesmente denunciar as empresas mais reclamadas, o Procon realiza acordos e orienta as companhias reclamadas sobre como melhorar seus serviços. No caso da Telefônica, por exemplo, ainda que a companhia espanhola permaneça como a líder em dar dor de cabeça a seus consumidores, sua postura tem mudado. Góes afirma que isso ocorre pela própria divulgação do ranking e às ações do Procon. O resultado é que a empresa que em 2009 foi responsável por 37% das queixas, diminuiu esse índice para 10% em 2010. Que outros listados sigam o exemplo.

Confira a lista do Procon com as empresas que mais receberam reclamações (em total de queixas)
1 - Telefônica - 3.137
2 - Itaú Unibanco - 1.708
3 - Bradesco - 1.154
4 - Samsung - 982
5 - Claro - 934
6 - Eletropaulo - 863
7 - Sony Ericsson - 810
8 - LG Eletronics - 780
9 - Santander - 695
10 - Net - 692

Fonte: M&MOnline