Fazer refletir no texto o contexto sem, entretanto, usar o pretexto de textualizar sem contextualizar - Laércio Castro

domingo, 6 de fevereiro de 2011

De Imperatriz à Imperadora


O município de Imperatriz está localizado em um ponto geográfico, político, social e econômico – estratégico. Uma das cidades mais importante do Nordeste, Imperatriz passou por vários ciclos, entretanto, ao longo de sua história, parece ter andado em círculos. Nunca saiu do lugar durante décadas, e no que cresceu, percebe-se um crescimento lento e desordenado.

Entretanto, hoje, a cidade se desponta como um dos melhores campos de investimento em vários setores. As indústrias estão chegando, o comércio ampliando e os serviços se tornando mais qualificados para assegurar qualidade em meio às exigências que a mudança requer.

Politicamente, Imperatriz tem sofrido com  a rotatividade de governantes, não achando, até então, um prefeito, por exemplo,  digno de receber a reeleição e dar continuidade à projetos aprovados,  não só em Brasília ou em São Luis, mas aqui, pelo seu próprio povo. Não que a continuidade seja a solução, mas a confiabilidade do povo em seus governantes cria laços que impulsionam a todos a caminharem rumo a objetivos que os munícipes conhecem e aprovam.

Creio que a maior cidade do Maranhão, depois da Capital, São Luis, deva tomar um novo posicionamento. Não mais como Imperatriz, mas, como Imperadora. Pois, aquela é apenas, a consorte de um imperador reinante, enquanto essa, é a monarca e governante de um império ou qualquer outro estado imperial. 

Como Imperatriz, dá a impressão que o Imperador, que detém  o poder inclusive sobre sua consorte, sempre morou  na Ilha ou no Distrito Federal, de onde, até então,   governou o povo imperatrizense. Não é preciso se deslocar para muito longe do seu centro para descobrir que  nunca a Imperatriz teve a liberdade, o apoio e a aprovação para ser e desenvolver a sua vocação: a de  ser Imperadora. Por mais que o poeta cante “Impera, Imperatriz”, jamais ela o fará, enquanto não for Imperadora, dona de si e governadora de todos nós.

Aqui, não vai nenhum ato de rebeldia bairrista ou coisa parecida. Antes, a vontade, o desejo de conquistarmos aquilo que somos capazes de fazê-lo. A vocação que Imperatriz tem de crescer e desenvolver apesar dos pesares, tem demonstrado que o que ela  precisa de nossos políticos é muito pouco para se tornar Imperadora. Pois, se hoje, estamos vivendo um momento novo de desenvolvimento, pelo menos com investimentos iniciais na área de construção, não tem sido por causa do despejar de dinheiro dos governos. Não. Antes, são os investidores, os comerciantes, os empresários, os industriais, os professores, os alunos - seus reais visionários -  plantando e implantando neste solo fértil, vislumbrando o que todos já sabíamos e tínhamos a certeza, mas,   os próprios governantes pareciam,  tentar,  a muito, omitir e esconder. 

O potencial da Imperatriz é o de ser Imperadora. E cada morador dessa cidade pode ajudá-la  a conquistar ao que ela está destinado. E como dizia meu velho pai: “Quem não ajuda, pelo menos, não atrapalhe. E se não atrapalhar, já está ajudando muito”.  

Salve Imperatriz! Salve a nossa Imperadora!