Além da Marcha da Maconha e da
Marcha da Liberdade, também, ocorreu, na tarde deste sábado (18), a Marcha das
Vadias, que reuniu cerca de mil pessoas em Brasília, segundo estimativa da Polícia Militar. A
passeata é um protesto pelo direito das mulheres de se vestir, andar e agir de
forma livre e nasceu em Toronto, no Canadá, em maio. No Brasil, São Paulo e
Recife já realizaram edições da marcha.
Os
manifestantes se concentraram perto da Rodoviária do Plano Piloto, passaram
pelo Conic e seguiram em direção à Torre de TV. A marcha chegou a ocupar todas
as faixas do Eixo Monumental no sentido Esplanada dos Ministérios, o que
congestionou o trânsito. Os participantes cantaram palavras de ordem contra o
abuso sexual contra as mulheres.
Apesar do
nome, a marcha reuniu mulheres, homens e famílias. Yohana Cordeiro, de 19 anos,
foi à passeata acompanhada do marido e da filha de quatro meses. “Eu tenho
motivos pessoais para estar aqui. Já fui perseguida por um cara. E agora que
tenho uma filha não quero jamais que ela passe por isso”, conta.
Amanda Araújo Neves, de 23 anos, foi à passeata vestida de freira. “Sou contra a culpabilização das vítimas. Tenho certeza que nenhuma mulher que foi estuprada quis ser vítima da agressão”, disse.
Amanda Araújo Neves, de 23 anos, foi à passeata vestida de freira. “Sou contra a culpabilização das vítimas. Tenho certeza que nenhuma mulher que foi estuprada quis ser vítima da agressão”, disse.
A iniciativa
é um protesto pelo direito das mulheres de se vestir, andar e agir de forma
livre e nasceu
em Toronto, no Canadá, em maio. No Brasil, São Paulo e Recife já realizaram
edições da marcha.
Frases como
“seja puta, seja santa, seja livre” ilustraram cartazes durante a marcha. “A gente
pode ser tudo, não quer rótulos”, disse a antropóloga Júlia Zamboni, uma das
organizadoras do evento. Ela afirma que parte das participantes compareceram à marcha vestindo roupas ousadas ou frases
escritas no corpo.
O grupo que
organiza o evento se reuniu duas vezes para debater como será a marcha e também
para produzir cartazes. “A gente discutiu bastante sobre o nome e vamos
mantê-lo. Se ser vadia é ser livre, é isso que a gente quer”, afirma.
Marcha da Liberdade
A Marcha pela Liberdade em Brasília teve início às 16h30,
após o término da Marcha das Vadias. Segundo um dos organizadores da
manifestação, Paíque Duques, a marcha seguiria até o Museu Nacional, saindo da
Torre de TV, na região central de Brasília.
Segundo Duques, entre 200 e 400 pessoas participavam do
início da marcha. De acordo com ele, apesar do número reduzido de participantes
– a marcha das vadias teve cerca de mil pessoas, segundo a PM – não diminui a
importância da manifestação. “O protesto é contra a opressão a todos os
movimentos sociais. A liberdade de se manifestar é bem mais ampla que só a
questão da maconha”, afirmou.
Fontes: G1
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