Fazer refletir no texto o contexto sem, entretanto, usar o pretexto de textualizar sem contextualizar - Laércio Castro

quarta-feira, 16 de março de 2011

O que não publicar na Internet

Por mais que se alerte, sempre há internautas que acham que  vítimas de armações  e de coisas ruins só serão os seus contatos. Mas, não vamos desistir de avisar e repassar informações que cremos ser de suma importância para se evitar alguns aborrecimentos e até crimes dos quais seremos vítimas se não atentarmos às ações preventivas.
Pensando nisso, eis algumas dicas importantes e interessantes que encontrei de um Especialista em Direito e Tecnologia da Informação, o Advogado e Professor, Alexandre Atheniense. 

Segundo o Dr Atheniense, todo internauta precisa ficar atento e menos impulsivo com os conteúdos que publicam nas redes sociais. Este ambiente desafia cotidianamente as pessoas para estabelecer uma linha divisória que não exponha riscos quanto a divulgação de informações pessoais em uma esfera pública acessada por terceiros com intenções duvidosas. 

Tornar público projetos pessoais, locais onde circula, divulgação de imagens de filhos, pode facilitar bastante a ação de estelionatários, ladrões e sequestradores.

A riqueza de informações pessoais acumulada no perfil de cada internauta nas redes sociais estimula a engenharia social, que é na prática é um dos meios mais utilizados de obtenção de informações sigilosas e importantes. Isso porque explora com muita sofisticação as "falhas de segurança dos humanos". 

Em outras palavras, é uma estratégia baseada na utilização da força de persuasão e na exploração da ingenuidade dos utilizadores, fazendo-se passar para uma pessoa próxima a partir de uma abordagem.

Caso você tenha dúvida se deve publicar uma informação pessoal na internet é preferível não divulgar. Avalie com cautela se é viável divulgar uma informação pessoal com pessoas que você não conhece presencialmente. 

Veja a seguir 7 tipos de informação que o internauta não deve divulgar nas redes sociais:

1. Data e local de nascimento: informar o dia e o mês de nascimento não é um grande problema, mas ao fornecer o ano e a cidade natal, o internauta pode facilitar a vida dos falsários interessados em roubar sua identidade. Combinados a outras informações, esses dados cadastrais possibilitam a fraude de documentos.

2. Fotos e dados familiares: cuidado com o excesso de fotos, principalmente de pessoas que costumam ser visadas por sequestradores ou golpistas, como os filhos pequenos e os pais idosos. Uma foto do filho com o uniforme da escola no primeiro dia de aula pode ser um convite para que um criminoso saiba onde abordá-lo diariamente. Evite a indicação de laços familiares que permite ao usuário identificar seus pais, irmãos, namorado(a) etc.

3. Currículo completo: algumas informações a respeito da carreira podem ser facilitadores na aprovação de crédito e acabar ajudando estelionatários a pedirem empréstimos em nome da vítima, por exemplo. Evite dar informações de trabalho fora de redes profissionais, como o LinkedIn. E mesmo nelas, prefira expandir detalhes sobre sua carreira apenas enquanto estiver buscando emprego, recolhendo-os após ser contratado.

4. Planos de viagem: “Faltam 3 dias para Nova York!” ou “Machu Picchu, aí vou eu!” podem ser manifestações espontâneas de alegria, ou sinalizadores de que a sua casa estará vazia durante um bom tempo. É melhor dividir a experiência apenas na volta.

5. Indicações sobre os seus passos: há quem utilize as redes sociais, especialmente o Twitter, para informar sobre todos os passos, desde o lugar onde se encontra até o que está fazendo. Essa atitude pode atrair a atenção de criminosos interessados em monitorar a vida do internauta, agindo como verdadeiros “olheiros” virtuais.

6. Endereço e telefone: ao entregar de bandeja seu endereço residencial ou comercial, o internauta pode estar facilitando não só o roubo de identidade, mas também se tornando mais vulnerável a sequestros ou golpes telefônicos. Use e abuse das configurações de privacidade.

7. Dicas de senha: ao cadastrar uma senha em um site qualquer, o usuário frequentemente é solicitado a criar uma pergunta para lembrá-la em caso de esquecimento. Crie perguntas pouco óbvias, e evite compartilhar informações que levem criminosos a adivinhar a resposta – o nome de solteira da sua mãe, sua canção favorita, o nome do seu cachorro. Em muitos sites, dados facilmente encontrados numa página pessoal (como a data de nascimento) e a pergunta de segurança é tudo que crackers precisam para redefinir uma senha e acessar as informações pessoais e bancárias de outra pessoa.

É importante que o internatuta tenha um cuidado redobrado com sua reputação quando opta por intensificar sua presença online nas redes sociais. Uma boa recomendação é fazer com que o indivíduo selecione qual perfil será explorado em uma determinada rede social. Caso a opção seja informações pessoais, só adicione "amigos" que você conheça presencialmente e tenha o mínimo de relação de confiança para compartilhar dados pessoais.

Caso não haja o interesse de filtrar as pessoas com quem será compartilhada as informações, o ideal seria apenas compartilhar informações em caráter profissional para minimizar os riscos de uma exposição indevida.

O brasileiro em geral é exibido e ingênuo em termos de exposição nas redes sociais e a preservação da sua esfera privada e acabam expondo informações íntimas de maneira exacerbada na internet sujeitando-se a riscos até então inimagináveis.